Eleições em BH: 2° turno registra maior abstenção histórica
As eleições para prefeito de Belo Horizonte chegaram ao fim no último domingo, 29 de novembro, com o segundo turno definindo o futuro da capital mineira. No entanto, o que chamou a atenção, além do resultado final, foi a alta abstenção registrada, a maior da história da cidade.
Abstenção recorde:
Com um total de 39,43% dos eleitores deixando de comparecer às urnas, a eleição de 2020 superou o recorde de abstenção do segundo turno de 2016, que havia sido de 35,91%. Essa taxa histórica coloca em evidência a desmotivação do eleitorado, o que pode estar relacionado a diversos fatores, como:
- Desilusão com a política: A crescente descrença na política, marcada por escândalos e corrupção, pode ter levado muitos cidadãos a perderem o interesse na participação eleitoral.
- Pandemia de COVID-19: As medidas de segurança e distanciamento social impostas pela pandemia podem ter intimidado alguns eleitores, especialmente os mais vulneráveis, a comparecerem às urnas.
- Falta de opções: A percepção de ausência de alternativas viáveis entre os candidatos também pode ter contribuído para a apatia do eleitorado.
Consequências da baixa participação:
A alta abstenção pode ter consequências negativas para a democracia, pois:
- Diminui a legitimidade do resultado: A eleição de um prefeito com uma baixa participação popular pode questionar a representatividade do resultado, gerando instabilidade política.
- Fraqueza da participação cidadã: A falta de interesse na política e na participação eleitoral pode levar a uma desmobilização da sociedade, dificultando a cobrança por ações e políticas públicas.
- Falta de representatividade: A abstenção pode refletir um desconhecimento das propostas dos candidatos e uma falta de interesse em suas ações, resultando em uma representação política inadequada.
O que fazer para reverter a tendência?
Para reverter a tendência da abstenção, é fundamental:
- Fortalecer a democracia: Combater a corrupção, promover a transparência e garantir a participação popular são essenciais para reavivar o interesse na política.
- Educação política: Investir em educação política para conscientizar os cidadãos sobre a importância do voto e sua responsabilidade na escolha dos representantes.
- Incentivo à participação: Criar mecanismos de incentivo à participação, como o voto facultativo para jovens, e promover debates e discussões políticas mais acessíveis.
A alta abstenção no segundo turno das eleições em Belo Horizonte é um sinal de alerta para a democracia. Cabe aos cidadãos, partidos políticos e instituições buscar soluções para reverter essa tendência e garantir uma participação mais engajada e consciente na vida política.